A Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) reuniu esta semana os fiscais que atuam com o Programa de Sanidade dos Suídeos para apresentar as estratégias e ações que fundamentam o pleito para Reconhecimento Internacional de Zona Livre de Peste Suína Clássica (PSC). O encontro, que teve início na terça-feira (05), no auditório do Senar, em Feira de Santana, terminou ontem (07) após capacitar os técnicos da Agência para a intensificação da vigilância em suínos em granjas, criatórios de subsistência e asselvajados com javali e seus cruzamentos, atendendo às exigências da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
A meta do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) é que 14 estados, incluindo a Bahia, recebam o reconhecimento internacional até 2016. A Bahia já é livre da doença sem a necessidade de vacinação desde 2001, quando recebeu o status nacional de livre para a Peste Suína Clássica.
Na ocasião, o diretor de Defesa Sanitária Animal, Rui Leal, e o coordenador do Programa de Sanidade dos Suídeos, Sérgio Vidigal, apresentaram todas as propostas de estratégias e ações a serem executadas pela Bahia, a exemplo dos inquéritos soroepidemiológicos, controle do trânsito e vigilância ativa de granjas e criatórios, além de propriedades de risco localizadas próximas as divisas com estados infectados.
Para isso, a coordenação do Programa trouxe o palestrante Abel Guareschi, do Ministério da Agricultura, para falar do Programa Nacional de Sanidade Suídea, a prática de escritório com formulários de investigação (Form in e Form com), bem como o andamento dos Estados para o pleito de reconhecimento Internacional em questão. Para relatar sobre o Plano de Vigilância de PSC para Suídeos Asselvajados foi convidada a pesquisadora da Embrapa, Virgínia Silva, referência nacional atualmente na vigilância destes animais.
O diretor Rui Leal esclareceu que a Bahia terá papel fundamental neste processo, pois será o estado que dará proteção às demais unidades da federação que estão pleiteando o reconhecimento. “Algumas medidas específicas para as áreas de divisa com os estados de Alagoas, Pernambuco e Piauí (considerados infectados pelo vírus) estão para ser implantadas, em decorrência da auditoria do Mapa que aconteceu no final de abril. Por isso, vamos continuar cumprindo com o compromisso de proteger a sanidade animal no estado e do Brasil, fazendo o nosso dever de casa”, acrescentou Leal.
A Peste Suína Clássica é uma doença viral, altamente contagiosa e com alta taxa de mortalidade, que traz consequências comerciais aos estados não são considerados livres ou não tem o reconhecimento internacional, como restrição do trânsito nacional, comercialização e exportação. “Por isso a certificação agregará valor ao produto, ajudando o desempenho econômico, pois agrega valor aos produtos, gerando emprego e renda para os baianos e brasileiros”, finalizou o diretor-geral da Adab, Oziel Oliveira.
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