Dois territórios baianos foram visitados pelas equipes de Combate ao Abate Clandestino da ADAB (Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia) nas últimas semanas de maio, quando foram flagradas cenas de descaso com a saúde pública, em cidades do Litoral Norte e Piemonte da Diamantina.
“Apesar de nos deparamos com situações inaceitáveis, precisamos atuar em parceria com as Secretarias de Saúde e Coordenação de Vigilância Sanitária Municipais para reformular a conduta dos produtores, intermediadores e comerciantes que insistem em não levar os animais aos matadouros frigoríficos credenciados que asseguram a higiene da carne antes da comercialização. Estamos buscando estender parceria com as prefeituras para que a saúde pública não esteja em risco”, ressalta Ednilton Brito, coordenador do Setor de Combate ao Abate Clandestino da ADAB.
As equipes visitaram as cidades de Serrolândia, Saúde, Miguel Calmon e também os distritos onde foram identificadas práticas de matança de animais sem qualquer cuidado ou higiene. Segundo os agentes envolvidos na operação, as carnes foram encontradas entre papelão, madeira, terra, cachorros e galinhas. “Um crime contra a saúde pública, mesmo com a evolução das práticas de produção de alimento, os currais de abate prosseguem atuando como se vivêssemos no século retrasado”, argumenta Ednilton.
Litoral Norte
Barreiras móveis também foram montadas para avaliar as cargas agropecuárias em trânsito. No entanto, o que mais atraiu a atenção da fiscalização, foi à rapidez para o surgimento das feiras livres logo após o abate clandestino de bovinos nas zonas rurais de municípios do Litoral Norte.
Terra Nova, Catu e Teodoro Sampaio foram visitados pelas equipes e, em algumas ações, os agentes contaram com o apoio de prepostos da Polícia Militar para a realização do trabalho.
“As operações continuam em diversos territórios para evitarmos o abate clandestino e a comercialização ilegal de produtos, como forma de proteger a saúde pública. Estamos em conversação com as prefeituras para que sejam nossas parceiras e nos ajudem através de ações educativas e de acompanhamento para que o combate à clandestinidade alcance efeito duradouro”, arremata Celso Duarte Filho, diretor-geral da ADAB.