O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), João Carlos Jacobsen Rodrigues, abriu a 10ª edição do Congresso Brasileiro do Algodão (CBA), na noite de terça-feira (01), no centro de convenções do Recanto Catarata Resort, em Foz do Iguaçu (PR), mostrando-se otimista. O diretor geral e de Defesa Sanitária Vegetal da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), Oziel Oliveira e Armando Sá, respectivamente, estavam presentes ao ouvir a proposta de uma agenda positiva para a cotonicultura, diante de um momento delicado da economia brasileira e internacional e dos atuais problemas enfrentados pelos produtores, como o aumento da incidência do bicudo-do-algodoeiro nas lavouras.
Uma das principais propostas de Jacobsen é a união de produtores, técnicos, governo, comunidade científica e indústrias de defensivos para a realização de uma campanha nacional de enfrentamento ao bicudo, que classificou como o maior entrave enfrentado atualmente pelo setor. “Segundo cálculos, os produtores de algodão estão convivendo com uma perda estimada de R$ 1,7 bilhão por ano devido aos danos causados pela praga. Com o apoio da ministra da Agricultura, Kátia Abreu, e da Frente Parlamentar da Agropecuária, a entidade está acompanhando o desenvolvimento de uma nova legislação de registro de defensivos agrícolas, com o objetivo de dar mais agilidade aos processos a fim de que os produtores obtenham produtos mais eficientes.
Para o diretor geral da ADAB, Oziel Oliveira, o principal objetivo hoje da cotonicultura baiana é, de fato, o enfrentamento ao bicudo, com medidas mais enérgicas e eficientes. “Por isso sugeri ao presidente que fosse realizado um planejamento de curto e médio prazo, para no mínimo cinco anos, e a longo para dez anos, pois só assim será possível ter mais controle desta praga que vem trazendo prejuízos aos produtores, em uma das maiores cadeias produtivas por serem grandes geradoras de emprego e renda para a Bahia estado. Em momentos de crise, é preciso inovar, com pesquisas e estudos que tornem o algodão resistente a esta praga”.
Oziel acrescenta que no oeste baiano, já existe o envolvimento de todos os elos da cadeia produtiva, que fazem a diferença para o futuro do algodão na região, reconhecido no mercado externo por sua alta qualidade, como base de uma fibra de comprimento médio e de branco muito intenso. “Este tipo de evento agrega conhecimento e envolvimento que serão levados aos produtores baianos, diante de novas tecnologias e novas variedades”.
Com cerca de 1.500 participantes, o 10º CBA terminou hoje (4), com uma agenda de mesas-redondas e plenárias que contam com a participação de especialistas que estão discutindo desde o panorama econômico do Brasil e do mundo até os principais problemas enfrentados pela cotonicultura. O evento contou com o apoio científico da Embrapa e do Iapar – Instituto Agronômico do Paraná.
ASCOM/ADAB com informações da Assessoria de Imprensa do 10º CBA