Discutir alternativas e ações estruturantes, proporcionando o intercâmbio de informações entre os agentes envolvidos é finalidade do XXIII Congresso Brasileiro de Fruticultura iniciado na tarde de ontem (24), no Centro de Eventos do Pantanal, na capital de Mato Grosso, Cuiabá. O evento, que prossegue até sexta-feira (29), é promovido pela Sociedade Brasileira de Fruticultura (SBF) e conta com a participação da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), vinculada a Seagri, representando o Estado.
A Fruticultura: Oportunidades e Desafios para o Brasil é o tema central do congresso que reúne pesquisadores, professores, extensionistas, estudantes e produtores, além de profissionais e técnicos de empresas públicas e privadas ligados ao setor de todo o Brasil. Mesas redondas, minicursos e apresentação de grupos de trabalho fazem parte da programação do congresso: Fruteiras de clima temperado em clima tropical; Melhoramento genético do mamoeiro visando a produção de híbridos em condições de cultivo protegido; Citros: Entraves e perspectivas; Cultivo de Anonáceas do Brasil; Água: mudanças climáticas e sustentabilidade da fruticultura; Mercado Interno e Externo: Desafios e oportunidades; Frutas Nativas Brasileiras: Oportunidades (Nativas do Nordeste e no litoral brasileiro, do cerrado: oportunidade a ser explorada e da Amazônia com potencial para cultivo comercial.
De acordo com o diretor de Defesa Sanitária Vegetal da Adab, Armando Sá, as discussões serão importantes e indispensáveis para a elaboração de políticas estaduais e nacionais voltadas para os agricultores, principalmente os familiares, que vivem da fruticultura. A Bahia é destaque nacional na produção frutícola com aproximadamente 270 mil hectares cultivados com frutas tropicais, produzindo cerca de 4 milhões de toneladas por ano, equivalente a 12% da produção do país e 47% do Nordeste, gerando R$ 1,4 bilhão.
“Através dessas políticas a equipe da ADAB irá desenvolver a fitossanidade dos pomares baianos e o produtor terá maiores condições de desenvolver suas atividades no campo, sem se preocupar com a perda de produção causada por pragas”, afirmou Sá, que enviou dois profissionais da Agência para o evento: a coordenadora do Projeto de Manejo Integrado das Pragas das Anonáceas, Keyla Soares, e o engenheiro Agrônomo, Antônio Campos Lopes, para apresentação de trabalhos científicos na pinha e nos citros. A coordenadora do Programa Fitossanitário da Cultura dos Citros, Suely Xavier, orientou outros dois trabalhos inscritos no congresso sobre citros dos alunos do Mestrado Profissional em Defesa Agropecuária, resultado de uma forte parceria estabelecida entre ADAB, Embrapa/CNPMF e Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).
O evento já foi realizado por duas vezes na capital da Bahia, o IV em 1977 e o XIII em 1994, e acontece pela primeira em Mato Grosso, com a realização da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (CREA-MT), Governo do Estado de Mato Grosso e pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
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