As notificações, por parte dos médicos veterinários autônomos, instituições de ensino, pesquisa e extensão, para suspeitas de enfermidades são fundamentais para as ações em prol da sanidade animal. Este foi o principal eixo temático do primeiro dia do II Seminário de Atualização em Defesa Sanitária Animal, em Ilhéus. O diretor geral em exercício da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), Adolfo Cavalcante, realizou Segunda-feira (04) a abertura oficial do evento que, este ano, tem como foco a ênfase na excelência na detecção, atendimento e registro de ocorrências zoosanitárias. O treinamento faz parte do convênio com Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para capacitação do corpo técnico da Adab.

Cerca de 90 servidores da Agência vinculada à Secretaria de Agricultura, entre profissionais e técnicos participantes do Grupo Especial de Atenção à Suspeita de Enfermidades Exóticas (GEASE), discutem até a próxima sexta-feira (07) medidas e ações que em prol da melhoria do serviço prestado. Durante o dia de ontem os fiscais federais agropecuários convidados do Mapa, Daniela Lacerda (DSA/Mapa) e Abel Neto (SFA/PR), apresentaram as suas experiências sobre o Sistema Nacional de Informação Zoosanitária (SIZ) e sobre Doenças Emergenciais em Suínos, respectivamente. Trabalhamos com o processo continuo de coleta e análise de dados. Produzimos informações que subsidiam tomadas de decisões, ações estratégicas dos programas e políticas públicas de sanidade animal, além de certificações nacionais e internacionais, explicou Daniela Lacerda.

O médico veterinário da Adab, Antônio Valentim Fidalgo, palestrou sobre a importância do médico veterinário da iniciativa privada e instituições de pesquisa e ensino como parte integrante do SIZ. Para ele, todo médico veterinário autônomo, do setor privado, de pesquisa, extensão e ensino tem o compromisso de notificar a Adab em casos de suspeita de animais doentes, com sintomas nervosos (Raiva e Scraipe), doenças vesiculares (Aftosa e Estomatite Vesicular), hemorrágicas (Peste Suína Clássica) e respiratórias e nervosas de aves (Influenza Aviária e Newcastle). O médico veterinário da iniciativa privada tem importante responsabilidade sob a sanidade animal e compromisso com a notificação, vigente em lei, em todo o território nacional. Desta forma, a Adab pode adotar as medidas cabíveis para evitar a sua propagação e de forma mais consistente, com menor custo e averiguação dentro do prazo de 12 a 24 horas, esclareceu Fidalgo. Ao todo são 141 doenças que possuem a obrigatoriedade de notificação ao Serviço Oficial de Defesa Sanitária Animal.

A Adab tem como meta obter informações zoosanitárias cada vez mais confiáveis, auditáveis e diversificadas, com maior numero de propriedades visitadas e inspecionadas, incrementando o número de vigilâncias epidemiológicas, e maior eficiência, confiabilidade e credibilidade no controle do trânsito animal.A zoosanidade é um compromisso compartilhado com todos os elos envolvidos. A diretoria da Adab, através do diretor geral Paulo Emílio Torres, já vem trabalhando, exitosamente, o conceito de que a Agência não realiza defesa agropecuária para o criador, mas com o criador, disse o diretor de Defesa Sanitária Animal, Rui Leal, ao finalizar os trabalhos do dia.

Ontem (05) aconteceu palestras sobre Estomatite Vesicular, doença confundível com a febre aftosa, com a pesquisadora científica do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Sanidade Animal / Instituto Biológico de São Paulo, Maristela Pituco; sobre Paraplexia Enzoótica (Scraipe) dos Ovinos e Caprinos, apresentado pela coordenadora do Programa da Raiva dos Herbívoros da Adepar/PR, Elzira Pierre; e sobre as atualizações do plano de ação para a Febre Aftosa, pelo coordenador do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (DAS/Mapa), Plínio Lopes.

Hoje (06) o coordenador do Programa Estadual de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa da Adab, Antônio Lemos Maia Neto, irá apresentar as informações sobre o desempenho dos atendimentos a ocorrências de doenças vesiculares, realizadas este ano na Bahia, com objetivo de aperfeiçoar cada vez mais o atendimento as enfermidades confundíveis com a Febre Aftosa.

 

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