A Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), órgão ligado à Secretaria da Agricultura, já inutilizou os 800 kg de peixe fresco apreendidos pela Polícia Rodoviária Federal no último domingo (15). O material, transportado em uma caminhonete, vinha da BA 093 com destino ao município de Araci, mas foi interceptado pelos policiais no posto rodoviário de Simões Filho. A carga de tilápia estava sem nota fiscal, sem a refrigeração adequada e armazenada em sacos, caixas de isopor e papelão, sem as mínimas condições de higiene.
Quase 200 trabalhos científicos serão apresentados aos participantes da III Conferência Nacional de Defesa Agropecuária, evento que acontece no Centro de Convenções de Salvador, entre os dias 23 a 27 de Abril. O número expressivo de resumos expostos reflete as transformações ocorridas na economia nacional e mundial dentro do agronegócio, destacando a necessidade do segmento em contar com profissionais cada vez mais familiarizados com a pesquisa aplicada à defesa agropecuária em campo.
Vigilância epidemiológica, epidemiologia de pragas e enfermidades e educação sanitária são os temas mais analisados nos resumos. Também estarão expostos diversos trabalhos relacionados aos métodos de controle de pragas e enfermidades, resíduos e contaminantes, redes colaboradoras em Defesa Agropecuária, além de processos e qualidade higiênico-sanitários aplicados a alimentos. Os trabalhos tiveram como proposta avaliar, resumir e organizar os dados de modo a transformar gráficos e mapas em informação para auxiliar gestores e profissionais nas tomadas de decisão. Os resultados desses trabalhos podem apontar novos caminhos aos desafios da defesa agropecuária no país, subsidiando ações de fiscalização, aplicação de recursos financeiros e escolha das melhores estratégias para o desenvolvimento econômico, social e ambiental.
“Um dos principais gargalos no sistema brasileiro de proteção do agronegócio é o distanciamento entre a academia e os órgãos responsáveis pela defesa agropecuária no Brasil, bem como o setor produtivo. Por isso é consenso entre os estudiosos da área que recursos humanos qualificados estão entre os fatores importantes para o sucesso deste segmento”, ressalta Paulo Emílio Torres, presidente da Comissão Organizadora do Evento e diretor geral da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), salientando ainda a importância de fomentar a formação e reciclar profissionais capazes de desenvolver tecnologia aplicável à solução de problemas associados ao agronegócio nacional no tema da Defesa.
Na avaliação da Fiscal Agropecuária da Adab, Suely Brito, a área da defesa agropecuária é relativamente nova e, por isso, carente em pesquisas. “Temos que unir esforços para diminuir o distanciamento entre as universidades, centros de pesquisa e órgãos de Defesa Agropecuária no país”, aponta Suely que coordena a Comissão Científica do evento. “As soluções tecnológicas e sociais existentes atualmente na fiscalização agropecuária precisam de diálogo constante com o ambiente da pesquisa e atuação dos profissionais em campo, possibilitando além da qualificação técnica, um meio de transferência de conhecimentos. Esse é o verdadeiro exercício da profissão associado à ciência e à tecnologia no campo em geral”, acrescenta ela, lembrando que o número expressivo de trabalhos apresentados na III Conferência mostra que o cenário está mudando para melhor.
Imprensa CNDA - Catarina Guedes – Assessora de Comunicação
Ascom / Adab