A terceira edição do Fórum Estadual sobre Febre Aftosa aconteceu nesta terça (27) em formato on line reunindo representantes da ADAB (Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia), que responde pelo serviço veterinário oficial, setores governamental e de produtores, para ratificar a responsabilidade compartilhada da vacinação contra a doença, balizadora para as exportações de um país, pela possibilidade de afetar rebanhos inteiros e dizimar a economia, caso não sejam adotadas medidas de controle e prevenção. A Bahia se mantém livre da doença há 24 anos através de duas etapas de vacinação anual e a primeira delas, em 2021, terá início no próximo sábado (01).
O assunto mais debatido no evento foi a evolução dos preparativos para que a Bahia, em maio de 2023, solicite oficialmente à OIE (Organização Mundial da Saúde Animal), o almejado status de Zona Livre sem Vacinação, o que vai elevar a valorização de todos os produtos da agropecuária do estado e ampliar o acesso aos países mais exigentes no quesito controle sanitário, após auditoria do MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) em todos os índices de imunização, alcançados durante as etapas de maio e novembro de 2021 e 2022.
“A palavra da vez é o autocontrole, a responsabilidade conjunta, de ambos os lados. Na Bahia temos atuado nesta direção e esse Fórum realizado em parceria com a FAEB (Federação da Agricultura e Pecuária) ilustra bem a fase que vivenciamos. Também a carta-compromisso do governador Rui Costa encaminhada à ministra da Agricultura revela todo esforço do estado que se colocou à disposição do PNEFA (Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa) com o objetivo de alavancarmos o nosso status”, ressaltou o diretor-geral da ADAB Maurício Bacelar, na abertura do evento, ao lado do secretário estadual da Agricultura, Lucas Costa, o presidente do Sistema Faeb-Senar, Humberto Miranda. o secretário de Desenvolvimento Rural, Josias Gomes e o superintendente Federal da Agricultura na Bahia, Nilo de Souza.
Campanha
A Bahia já preparou todo esquema de vacinação contra Febre Aftosa. A Campanha entre 01 e 31 de maio é destinada aos bovinos e bubalinos de todas as faixas etárias e a previsão é imunizar cerca de 10 milhões de animais.
Porém a ADAB lembra que o processo de vacinação só será encerrado após a declaração efetivada pelo produtor, que pode ser através do site www.adab.ba.gov.br, escritórios físicos da autarquia instalados nos territórios, nas revendas agropecuárias e sindicatos rurais. Após a vacinação, o prazo é de até quinze dias para que os rebanhos sejam declarados.
Vigília
Mesmo com a retirada da vacinação, a Febre Aftosa continuará sendo combatida na Bahia, ou seja, a vigilância contra a enfermidade deve ser permanente.
“A expectativa é que não mais aconteça a vacina, a partir de 2023, porém serão adotados outros métodos que ajudarão a manter nosso território distante da doença, a exemplo da rastreabilidade e controle de trânsito de produtos agropecuários, geolocalização de propriedades, entre outras responsabilidade, enfim, é uma responsabilidade compartilhada do serviço veterinário oficial e produtores em prol do rebanho e da produção agropecuária da Bahia”, arremata Maurício.