Todos os segmentos da defesa agropecuária na Bahia participaram ontem (18) de uma reunião virtual de apresentação dos resultados preliminares das auditorias realizadas pelo Ministério da Agricultura (MAPA), dentro do Programa Quali-SV. O objetivo foi apontar os indicadores para fortalecer o setor e melhorar a gestão dos serviços veterinários oficiais. A Bahia atingiu a média 2,6 do total de 5,0 exigido pelo MAPA. Foram avaliados 42 componentes dentro da estrutura organizacional, recursos humanos, físicos e financeiros, competência técnica e de gestão, interação com demais segmentos da cadeia, além da capacidade de certificação para acesso a mercados, realizados pela Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) nos últimos três anos. O encontro aconteceu na sede do Sistema Faeb/Senar, na presença do presidente Humberto Miranda, do secretário da Agricultura, João Carlos Oliveira, do superintendente federal da Agricultura, Benedito Braga e do diretor geral da Adab, Oziel Oliveira.
Dentre os pontos fortes do resultado preliminar foram destacados a estrutura e boa reputação da Agência dentro e fora do estado, o plano de carreira dos servidores e o novo organograma da autarquia que fortaleceu os setores de epidemiologia, educação em saúde, cadastro e os estudos de fluxos de movimentação animal. “Nossa meta é buscar a transparência nas ações. Sei da importância estratégica da instituição e o potencial de seu quadro técnico, do qual já tive a honra de participar”, enfatizou o secretário João Carlos Oliveira, destacando a dimensão da agropecuária no estado. O rebanho baiano é da ordem de 11 milhões de bovinos, distribuídos em 417 municípios nos 27 territórios de identidade e amparados por 57 Unidades Veterinárias Locais (UVL´s). A Bahia está há 24 anos livre da febre aftosa e integra o Bloco IV, um grupo de 11 estados que pleiteia a suspensão da vacinação contra a doença junto ao MAPA.
Outros pontos positivos indicados na auditoria foram as parcerias estabelecidas entre a autarquia e demais entidades ligadas ao segmento, a exemplo da Faeb, Polícia Militar, fundos para atuação conjunta em emergências e a participação da comunidade, visando o fortalecimento na vigilância de doenças alvo de programas do MAPA. “Temos uma dinâmica de crescimento muito grande na agropecuária da Bahia. E as exigências dos mercados passam pelo fortalecimento da Adab, em função de sua competência certificadora e de dar sustentabilidade aos produtos”, explicou o diretor da Agência, Oziel Oliveira, acrescentando que a instituição já conta com o apoio do segmento, mas, ainda é necessária uma sensibilização política junto aos municípios, estados e governo federal para promover e investir nesta atividade em todo o país.
Neste sentido o relatório apontou a modernização das atividades pecuárias como uma das oportunidades dentro da defesa agropecuária, tendo como lastro o amparo de dois fundos privados bastante operantes: a Fundo da Avicultura Estado da Bahia (Faeba) e o Fundo de Apoio a Pecuária do Estado da Bahia (Fundap). “Nosso papel, enquanto setor privado é apoiar as ações de defesa porque elas qualificam a produção agropecuária que acontece nos municípios. Por isso, buscamos ampliar cooperações técnicas e atividades conjuntas. O patrimônio pecuário pertence ao produtor e compete a todos o empenho nas melhorias das atividades de defesa”, disse o presidente da Faeb, Humberto Miranda, que também é porta-voz dos estados que compõem o Bloco IV.
A Bahia possui localização estratégica diante de doenças de importância econômica para o Brasil como a Febre Aftosa e a Peste Suína Clássica. Além disso, tem um rebanho com baixa prevalência de brucelose e tuberculose, em ação desenvolvida conjuntamente com a Faeb para formar Agentes Vacinadores em todo o estado e um reconhecido trabalho de legislação para embasar as atividades de defesa. “Por tudo isso, entendemos que a união entre os elos desta importante cadeia tem feito a diferença no segmento. Vamos continuar evoluindo e utilizando instrumentos como o Quali-SV para fazer diagnósticos cada vez mais precisos dos pontos a serem incrementados e assim chegar a excelência em todos os serviços”, frisou o superintendente federal da Agricultura, Benedito Braga.
Entre as melhorias a serem implementadas, as auditorias apontaram o aumento do quadro de pessoal da Agência e redistribuição de profissionais, unificação do sistema informatizado de defesa e incremento no controle do trânsito. “A sociedade e a classe política devem entender que a Adab existe para promover a sanidade dos rebanhos e qualidade dos alimentos. Trata-se de uma entidade certificadora, que precisa de apoio, investimento e incremento nas atividades para que a agricultura e a pecuária se desenvolvam, gerando emprego e renda para a população”, finalizou o secretário João Carlos Oliveira.
A reunião foi conduzida pelo diretor do Departamento de Saúde Animal/MAPA, Geraldo Moraes, com a presença do Secretário de Defesa Agropecuária, José Guilherme Leal. Também estiveram presentes na reunião o superintendente da Seagri, Paulo Emílio Torres, o diretor de pecuária, Adriano Busas, o auditor fiscal federal da SFA/Ba, Altair Santana e a chefe do Serviço de Sanidade Agropecuária da SFA/Ba, Márcia Alves. Ainda fizeram parte da reunião no auditório da Faeb, o diretor de Defesa Animal da Adab, Carlos Augusto Spínola, o coordenador do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa na Bahia, José Neder e a fiscal estadual da Adab, responsável pelas auditorias internas, Fernanda Mendonça.
Ascom Adab 15/10/2021
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