Secretário afirma que combate ao abate clandestino é questão de saúde pública que tem sido tratada com seriedade pelo Estado
(Itapetinga – BA) - Fechado desde março de 2012, o Frigorífico Regional Sudoeste, de Itapetinga, já voltou a funcionar, com investimentos de R$ 10 milhões, atendendo à demanda de toda região, composta por 13 municípios, assegurando à população carne sadia e de qualidade. A reinauguração oficial aconteceu no final da tarde desta terça-feira (23), durante evento que contou com a presença do secretário estadual da Agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles, do diretor geral e do diretor de Inspeção da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), Paulo Emílio Torres e Adriano Bouzas, presidentes de sindicatos rurais, representantes de associações e do CDL, pecuaristas, prefeitos dos municípios vizinhos, dos proprietários do empreendimento, além dos mais de 110 funcionários.
Agora, afirmou o secretário Eduardo Salles, com a reabertura do frigorífico de Itapetinga, os criadores da região tem onde abater seus animais em equipamento autorizado pelo Ministério da Agricultura e Adab. “O governo busca preservar a saúde da população, e para que isto aconteça, precisamos trabalhar juntos para coibir o abate clandestino”, afirmou.
O secretário enfatizou ainda que a vigilância sanitária dos municípios tem papel importante a desempenhar nesse sentido, destacando que os gestores municipais na sua grande maioria tem sido parceiros nesse processo, colocando a saúde da população em primeiro lugar. Também o Ministério Público tem focado ações específicas em relação ao abate clandestino.
Carne de sol de Itororó
Eduardo Salles destacou ainda que “A estratégia encontrada pelo governo estadual, através da Seagri/Adab, e os representantes da região de Itororó, para resgatar a fama da carne do sol, conhecida Brasil afora por sua qualidade, foi buscar a reabertura do frigorífico, dando condições de abate legal para toda região, uma vez que não há viabilidade econômica de abrir frigoríficos a cada 35 km de distância entre municípios”, disse.
O segundo passo, segundo o secretário, é a finalização do projeto de uma unidade de processamento de carne do sol, com inspeção sanitária, para ser construída em Itororó e permitir a venda desta carne famosa para todo o Brasil. Porém, explica Salles, para que isso aconteça a Seagri necessita de parceria com a prefeitura local e com os representantes políticos da região, “para que todos juntos possamos efetivar este projeto que deve custar em torno de R$ 1 milhão”.
Vale salientar que o matadouro de Itororó foi fechado por decisão do Ministério Público, por não apresentar mínimas condições de funcionamento. Após liminar judicial, o mesmo foi reaberto e uma equipe do programa jornalístico de TV, CQC, exibiu imagens deprimentes do local para todo o Brasil. Em maio último, o juiz da Vara da Cível da Comarca de Itororó, Marley Cunha, acatou pareceres da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia e do Ministério Público Estadual (MPE) favorável a interdição, e o matadouro voltou a ser fechado, estando atualmente sem funcionar.
Em companhia dos empresários e dos diretores da Adab, Salles visitou as instalações do frigorífico, verificando in loco todo o processo de abate. De acordo com o empresário Albert Rezende, a capacidade instalada de abate é de 320 animais/dia gerando 110 empregos diretos e cerca de 300 indiretos. “Mas esses números podem aumentar”, revelou.
Custo do frete
Atendendo à solicitação do secretário, os empresários assumiram o compromisso de, durante os próximos 60 dias, arcar com o custo do frete dos animais dos pequenos
criadores da região, para abate em Itapetinga.
Além de dotar a região de condições para o abate seguro, garantindo a oferta de carne sadia e de qualidade, o Abatedouro Regional Sudoeste, cria nova opção de renda para
os criadores, que não encontram mercado para os miúdos e para a parte dianteira do boi, comercializando estes produtos a preços abaixo do mercado.
Conforme explicou Albert Rezende, em breve, o frigorífico começará a exportar estes produtos para os países que fazem parte da lista geral, com exceção dos Estados Unidos, Japão e União Européia. “Vamos comprar estas peças, pagando preço justo aos criadores, que assim estarão agregando valor e melhorando seus ganhos”, disse Albert.
Ascom Seagri
71. 3116-2794